domingo, 2 de novembro de 2008

No pedestal da altivez

No pedestal da altivez
gravitas na cegueira
do teu jeito fecundado
em abastança.

Rosto mascarado
de crua indiferença…

Olho-te profundamente
nesse teu olhar
que brilha de raiva
e gemem as palavras
que não são ditas..
vozeio na absoluta
escuridão da mensagem.

Desintegro-me
em mil dores
na ravina do esquecimento
a que me obrigo,
flagelando-me
emudecendo-me
nas horas
em que não choras
as minhas dores.