Elas são tantas
Elas são tantas,
tão desamparadas.
Olhar vazio em tempo vazio.
Espectro negro
que as envolve
E eu sem nada poder fazer!
O tom da minha voz
não chega alto...
Quase emudeço só de as olhar.
Aqueles olhos pedintes
de tão pouco, mas tanto.
É a fome, horrível verdade,
é a luxúria que contrasta,
a frieza de quem gasta
é a raiva de quem sofre,
é a dor de quem morre!
E eu sem nada poder fazer!
1 comentário:
São tantas as crianças curiosas de amor e de pão!
Signo maligno da Fome
Do não Sentimento...
Beijinhos no teu coração*
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