Fecho as mãos
Fecho nas mãos
algumas letras do alfabeto
e numa atitude virginal
escrevo teu nome
em lençóis de linho,
que cobrem
este corpo
quase moribundo.
Desalinhada,
descrevo círculos
num compasso
que me deleita.
Conto
contas em oração
e em silêncio,
em perdição,
escondo o sufoco
do grito dilacerante,
que me rasga,
esventra
em cólera
que sulca memórias
de uma imperfeita
dignidade,
espumada
em mãos vazias
de nadas!
algumas letras do alfabeto
e numa atitude virginal
escrevo teu nome
em lençóis de linho,
que cobrem
este corpo
quase moribundo.
Desalinhada,
descrevo círculos
num compasso
que me deleita.
Conto
contas em oração
e em silêncio,
em perdição,
escondo o sufoco
do grito dilacerante,
que me rasga,
esventra
em cólera
que sulca memórias
de uma imperfeita
dignidade,
espumada
em mãos vazias
de nadas!
1 comentário:
Magnífico poema, Rosa!
Esventro tanta coisa ali...parada nestas fortes palavras!
Beijinhos
Manuela*
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