segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Deslizo sem tempo de espera

Deslizo sem tempo de espera
em falésias onde o perigo
chama,
reclama, implora
por meus gemidos,
gritos, arrepios.

E aí vou eu
sem roupas
que me tapem as fraquezas,
nem nexo
que me tolda os sentidos,
sem asas
para não sobreviver
a feridas,
a sangue…
a dor sem lágrimas.

Depois…
rodopio a vertigem,
seguro-me nas franjas da saudade
e…placidamente
suspiro
por te ter perdido
naquela mesma falésia
que o tempo esculpiu.

2 comentários:

Paula Martins disse...

Querida Rosinha é sempre uma ternura quando te leio, adorei..."...seguro-me nas franjas da saudade e...placidamente suspiro..." Quantas e quantas vezes já não me segurei da mesma forma, obrigada pelo momento.

Beijinhos

Maria disse...

Rosa

Não podia deixar de passar por aqui outra vez, mas agora para te dizer que gostei de estar convosco, e para te deixar um enorme abraço...