terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Havia Silêncio

Havia silêncio.
A música despia-se
pétala a pétala
numa torrente
de átomos quase áureos.
Eram muitas as almas
que, emudecidas,
sorviam gota a gota
do tempo que ora corria,
ora era dolorosamente lento.
A voz,
aconteceu.
Era um menino
tímido, envergonhado,
sem a consciência
consciente
da grandeza do seu pertence.
Os mimos soltaram-se
em lágrimas
que rolaram
completamente afónicas.

Foi um momento
apenas e só um momento
de pura verdade,
de encontro
entre a nudez da simplicidade
e o cálice
que guardava sonhos!

Foi nessa calmaria,
em solo sagrado de ternura,
que te ofereci
unicamente
e em silêncio
o orvalho dos meus olhos.

8 comentários:

Lúcia Machado disse...

Ola, Rosa :)

Adorei este seu poema
Está qualquer coisa!

Beijinho grande

Catarina & António disse...

Olá Rosa,

Gostei bastante deste poema. Tentei lá chegar, ao recanto da sua essência...

Não sei se consegui, mas gostei muito!

Jinhos*
Manuela

Maria disse...

Quantas vezes um momento, apenas e só um momento, é suficiente para... tanto...

Beijinho

Vanda Paz disse...

não me canso de ler este ... lindo

beijo

impulsos disse...

Havia silêncio
No canto da Rosa
Onde colhi o sentimento
Da mais pura e delicada
Pétala de veludo
Tão bela
Tão sensível
Tão formosa...

Beijo

Luis Ferreira disse...

E em silêncio li e reli as tuas palavras.

Parabens amiga pelo belo momento...

Bj

Anónimo disse...

Foi num momento único, em silêncio, que escreveste estas palavras e foi tambem em silêncio que as li e as guardei.

O Profeta disse...

Vim visitar-te e saborear os teus sentires...

Trago comigo o aroma da terra
Sandálias feitas de alva espuma
Um dom cravado nesta alma singela
Um oceano de sonhos perdidos na bruma


A magia está a chegar no brilho de uma estrela
Reflectida nos teus olhos


Boa semana


Mágico beijo