quinta-feira, 19 de julho de 2007

Tela púrpura


Pintei-me numa tela
sem pincéis
sem tinta
numa partitura diáfana,
cores mescladas
em colorido apressado,
qual harpa em sinfonia.
Quieta,
docemente quieta,
adormecida
servi de musa
perene
numa cascata angelical.
E, num sono acalentado
entre azuis
e púrpuras cores,
te desejo,
me entrego,
em fingido
abandono.

1 comentário:

Anónimo disse...

Belo poema! Belíssimo, Rosa! Até arrepia de tanta sensibilidade...

Jinhos*